Quadrilha que roubava residências de luxo no Jardim Social é presa.

“O número de casas roubadas por esta quadrilha deve ser muito maior. Com a divulgação das imagens dos suspeitos, mais vítimas terão condições de reconhecê-los e eles passarão a responder também por estes assaltos”, disse o delegado Rodrigo Brow de Oliveira.

As investigações apontam que o grupo não fazia levantamentos prévios das residências que seriam roubadas, nem estudavam as vítimas. Segundo o delegado, o grupo rondava casas de luxo do Jardim Social e, quando viam alguém chegando ou saindo de casa, faziam a abordagem. Os assaltos eram cometidos entre as 19h e 21h e os bandidos permaneciam por mais de uma hora dentro das residências. Dinheiro, joias, equipamentos eletrônicos e até mesmo roupas eram levados pelo grupo. Em algumas ações, o carro das vítimas era levado na fuga e abandonado posteriormente.

“Eles amarravam as vítimas e ameaçavam-nas o tempo todo. Este tipo de crime é prioritário para a delegacia, porque famílias são feitas refém desses bandidos”, afirmou Brow de Oliveira.

Prisões

A polícia fechou o cerco à quadrilha na semana passada, logo após uma residência ter sido roubada no Jardim Social. Na ocasião, investigadores DFR conseguiram prender Alan Carlos da Silva, de 19 anos, acusado de participação no assalto. Em depoimento, a polícia conseguiu levantar informações sobre a forma de atuação do grupo.

Dois dias depois, no dia 7 de abril, a DFR localizou e prendeu André Rodrigues Alves, em Piraquara, região metropolitana. Na casa dele, a polícia encontrou parte dos produtos roubados que haviam sido roubados no dia 5 de abril, entre eles um par de alianças grafado com os nomes das vítimas. “Alves era o integrante da quadrilha responsável por revender os produtos que eram roubados nos assaltos”, explicou o delegado.

Segundo a polícia, após a prisão de Alves, o restante da quadrilha migrou para Florianópolis, em Santa Catarina, onde planejaria continuar com a prática de assaltos a residências. Em parceria com a Polícia Civil catarinense, a DFR passou a monitorar o grupo. As investigações apontaram, no entanto, que a quadrilha trocou duas armas por cocaína e retornou a Curitiba.

Com a informação, a DFR realizou uma operação para prender os acusados no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na rodovia BR-376. Segundo o delegado, os suspeitos portavam um revólver calibre 38 e tentaram resistir à prisão. “Eles não tiveram tempo de fazer uso da arma, mas tentaram jogar o carro contra os policiais. Eles estavam transtornados e, aparentemente, haviam consumido toda a droga”, contou o delegado.

Os presos foram identificados como Elias de Oliveira, de 29 anos, Daniel Batista de Oliveira, de 30 anos, Fernando Alves Pires, de 35 anos, e Juliano de Souza, de 28 anos. O Palio em que eles viajavam foi apreendido pela polícia. Segundo o delegado, Elias de Oliveira é apontado como o cabeça do grupo e todos se revezavam para entrar nas residências e cometer os crimes.

Os quatro tinham passagens pela polícia. Três deles (Oliveira, Souza e Daniel Oliveira) eram foragidos da Justiça. Eles foram autuados por formação de quadrilha e estão presos na DFR. No total, a polícia recuperou seis televisores, joias, aparelhos celulares e duas câmeras fotográficas

Fonte: Gazeta do Povo, 12/04/2011

Atenciosamente,

Jorge Mikaldo Júnior

Presidente AMA-JS

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